Novidade

UFPel vai ofertar novos cursos em 2020

A partir do próximo ano devem ser abertas 40 vagas em Fisioterapia e outras 25 em Arqueologia

Carlos Queiroz -

A partir do próximo ano, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) contará com duas novas opções de ingresso no Ensino Superior: as graduações em Fisioterapia e Arqueologia. O anúncio foi feito pelo reitor Pedro Hallal em coletiva de impressa, na tarde desta segunda-feira (4). A proposta de criação dos cursos ainda precisa passar pela aprovação do Conselho Universitário da instituição, que se reúne nessa sexta-feira. Na pauta também estará em análise a alocação do curso de Tecnologia em Transporte Terrestre, oferecido atualmente no campus de Eldorado do Sul, para as dependências da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), em Porto Alegre.

Serão 85 vagas ao todo, disponibilizadas entre o processo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave), vestibular da Universidade. A grande novidade é o curso de Fisioterapia, que contará com 40 vagas para ingresso anual já no próximo semestre. Será o primeiro em instituições públicas de Ensino Superior da Região Sul do Estado. A demanda é inteiramente da comunidade, frisou o reitor. As visitas em escolas da região para divulgação do cronograma de inscrições do Pave - dirigidas pela Coordenação de Desenvolvimento de Concursos - é um dos exemplos dos momentos em que a gestão recebia, há muito, questionamentos quanto à criação do curso. "Nós entendemos que a comunidade que faz a UFPel existir. Se a comunidade tem uma demanda tão forte pela área da Fisioterapia, a Universidade vai atender a essa demanda", disse Hallal.

O impacto benéfico da criação do curso na rede do Sistema Único de Saúde da cidade foi o outro fator decisivo. "É uma Universidade pública fazendo com que o dinheiro público retorne tanto para a formação acadêmica como para a assistência (na área da fisioterapia) no nosso município", destacou o professor doutor Fernando Siqueira, futuro coordenador da nova graduação. A Fisioterapia ficará dividida entre dois campi: a Escola de Ensino Superior de Educação Física (Esef) e a Faculdade de Medicina (Famed). A coordenação fica com a Esef. Para que a infraestrutura da unidade se torne ideal para acomodar o curso, serão necessários investimentos de cerca de R$ 5,1 milhões.

Os valores para a instalação de salas e laboratórios de ensino ficam em torno de R$ 2 milhões. Os outros R$ 3,1 milhões correspondem à construção de uma piscina especial, que beneficiará tanto o novo curso como os demais sediados na Esef - a princípio, segundo o reitor, esse montante será conquistado por meio de emendas parlamentares. "O curso começa independentemente disso", salientou. O quadro da UFPel possui três docentes que são fisioterapeutas, além desses, outras três vagas serão abertas por meio de concurso que deve ocorrer nos próximos meses. A pretensão é que ao longo do próximo ano outros certames sejam abertos e três novos professores ingressem na instituição.

A UFPel realizou um estudo por meio das Pró-Reitorias de Ensino (PREs) e Planejamento e Gestão (Proplan) para investigar a demanda, o mercado de trabalho, a concepção acadêmico-pedagógica e a infraestrutura necessária à implantação do curso. A ideia de criação do curso se estendeu por dois anos dentro da Universidade até que fosse concretizada.

Outros dois cursos vão para votação

A UFPel conta hoje com a graduação em Antropologia, curso que abarca tanto os conhecimentos dessa como os da área de Arqueologia. Matriculados na graduação, os alunos escolhem ao longo dos semestres a área que vão seguir. Agora, a Arqueologia se tornará um curso único com 25 vagas. 

O curso de tecnólogo em Transporte Terrestre está sediado no campus da UFPel, localizado em Eldorado do Sul. A novidade é que esse será extinto e um novo será inaugurado, com o mesmo corpo docente de professores e técnicos-administrativos, na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Na capital, serão 20 vagas para ingressantes pela UFPel e outras 20 pela Uergs.

Ainda faltam recursos 

Ao abrir a coletiva, o reitor fez questão de explicar sobre os repasses do Ministério da Educação (MEC), que durante o ano fizeram com que os gestores tivessem que promover verdadeiras ginásticas para fechar as contas. Conforme Hallal, o MEC enviou na segunda quinzena de outubro os R$ 22 milhões que estavam contingenciados, o que vai permitir que as atividades sejam mantidas até o final do ano. O valor faz parte do orçamento de custeio de R$ 74 milhões previstos para todo o ano. Quanto aos valores para investimentos, orçamento previsto de R$ 9 milhões, o quadro ainda é preocupante. Apenas R$ 2 milhões foram liberados, com a promessa de mais R$ 1 milhão ainda para esse ano.

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